Ergue-se na parte mais alta da antiga povoação. Foi fundado por D. Dinis em 1290 e modificado posteriormente. Possuía uma dupla muralha que envolvia o perimetro da vila, com doze torres e oito portas (as de Alegrete, de Elvas, de Évora, do Espirito Santo, do Postigo, da Deveza, de S. Francisco e do Bispo). Na porta da Deveza existiam duas torres emparelhadas, como se vêm nas antigas armas da vila, depois cidade de Portalegre.
Da primitiva construção,
dos séculos XIII e XIV, e das suas duplas muralhas, só existem
de pé alguns panos de muros e três torres. A maior das torres possivelmente
a de menagem, tem uma porta de com arco de volta redonda construído com
grossos blocos de granito aparelhado, pela qual se entra actualmente. Dentro
da torre vê-se uma outra porta no mesmo estilo, mas que está entaipada,
e ainda uma outra com arco quebrado. A meia altura observam-se vestígios
de uma grande janela de com balcão, do qual existe um cachorro ou suporte.
Dentro, no pavimento térreo, tem uma abóboda com três arcos
ogivais de cantaria aparelhada, embutidos na parede. Uma rampa dá acesso
ao andar superior seguida de escada incrustada na espessura da própria
parede. Neste pavimento o tecto é de abóboda de nervuras salientes
com bocetes e florões e, ao centro, o escudo das armas de Portugal, usadas
no século XVI. As muralhas do antigo castelo estão classificadas
como Monumento Nacional, por Decreto de 29 de Junho de 1922.
Colaboradores | Panorama nocturno: Ricardo Cortes ![]() |
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Restantes fotos e texto: João Cardoso, com base no 'Inventário Artístico de Portugal' (1943) | |
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